Acre tem 12 mil hectares de cicatrizes de queimadas até julho

Os cinco municípios mais críticos são Feijó, Rio Branco, Tarauacá, Manoel Urbano e Sena Madureira.

Foram identificados no Acre 12.250 hectares de cicatrizes de queimadas até o dia 27 de julho deste ano, segundo relatório do Projeto Acre Queimadas divulgado nesta semana. Os cinco municípios mais críticos são Feijó, Rio Branco, Tarauacá, Manoel Urbano e Sena Madureira.

O relatório diz que até o momento não há registro de nenhum incêndio florestal (fogo afetando o sub-bosque da floresta em pé), mas alerta que o cenário que se apresenta é de grande preocupação para os próximos meses.

Em março de 2024, uma carta conjunta de pesquisadores da Região MAP – Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil), Pando (Bolívia) – alertou para seca extrema na Amazônia, o que vem se consolidando.

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“Antecipamos problemas agudos de abastecimento de água, ondas de calor e queimadas acidentais em áreas agrícolas e incêndios florestais. Estes últimos repercutiriam em altos níveis de fumaça com implicações sérias para a saúde humana e ambiental”, diz o alerta.

Diante da situação, o relatório alerta para o cuidado máximo com o fogo, em um cenário de mais de duas semanas sem chuvas significativas, umidade do ar baixa e temperaturas altas.

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Os dados de focos de calor, cicatrizes de queimadas, deste relatório, desmatamento e outras informações podem ser acessadas pela plataforma MAP-FIRE (http://terrama.cemaden.gov.br/griif/mapfire/monitor/).

Dados da qualidade do ar no Estado do Acre e outras regiões do Brasil podem ser acessados em http://www.acrequalidadedoar.info/.

Os dados geoespaciais deste relatório estão em anexo e podem ser solicitados à coordenadora do Projeto Acre Queimadas, a pesquisadora Sonaira Silva, através dos e-mails sonairasilva@gmail.com e sonaira.silva@ufac.br.

O Projeto Acre Queimadas, que teve financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)envolve diversos órgãos ambientais e pesquisadores, entre eles a professora Sonaira Silva, do Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGAMA) da Universidade Federal de Acre (UFAC) Campus Floresta em Cruzeiro do Sul.

A coordenação do projeto informou ainda que, em razão da defasagem de equipe no Laboratório, devido a finalização do Projeto CNPq, o relatório completo de 2023 ainda não foi concluído. Para 2024, serão preparados alertas a cada 15 a 20 dias de área queimada para todo o estado do Acre.

AC24HORAS

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