Avião que saiu da pista em Envira já tem dois registros de acidentes

No dia 12 de janeiro de 2010, o avião decolou do aeródromo Júlio César, em Belém do Pará, com destino ao aeródromo de Gurupá, em cidade homônima, também no Pará,

O avião de modelo EMB-720C, de prefixo PT-EOS, que transportava cargas de Feijó, no interior do Acre, para o município de Envira, no Amazonas, e que ultrapassou os limites da pista durante a aterrissagem nesta segunda-feira (9), já tem registrados outros 2 acidentes em anos anteriores.

Pouso intencional em pista interditada, em 2010

No dia 12 de janeiro de 2010, o avião decolou do aeródromo Júlio César, em Belém do Pará, com destino ao aeródromo de Gurupá, em cidade homônima, também no Pará, transportando o piloto e 4 passageiros. Ao se aproximar para pouso, o trem de pouso do avião se chocou contra uma elevação próxima à pista, o que provocou a perda da roda do trem de pousou principal esquerdo. Após a colisão, a aeronave ganhou altura e, depois de retornar ao solo, na corrida após o pouso, guinou para a esquerda e saiu da pista. A aeronave teve danos substanciais. Os ocupantes saíram ilesos.

De acordo com o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o piloto intencionalmente tentou utilizar uma pista que estava interditada para reforma. Como fatores contribuintes para o acidente, a investigação mencionou a aplicação de comandos, indisciplina de voo e falta de supervisão gerencial.

Pouso em praia, em 2017

A aeronave decolou do Aeródromo de Envira, no Amazonas, no dia 23 de setembro de 2017, com destino ao Aeródromo de Tarauacá, no interior do Acre, com um piloto e um passageiro a bordo. Após cerca de vinte minutos de voo, a aeronave apresentou funcionamento irregular do motor e, após alguns instantes, parou de funcionar.

O comandante direcionou a aeronave para o Rio Envira, realizando um pouso de emergência em uma praia de sua margem. Durante o pouso, houve quebra do trem de pouso dianteiro, quebra das carenagens do trem de pouso principal e outros danos superficiais ao longo da fuselagem. A aeronave teve danos substanciais. Os dois ocupantes saíram ilesos.

A investigação após o acidente identificou que os componentes internos (partes mecânicas) do motor inspecionados ou testados durante a desmontagem não revelaram falhas ou deficiências que pudessem justificar um mau funcionamento ou perda de potência do motor durante o voo.

O que se sabe sobre o avião

O avião envolvido no acidente é um EMB-720C “Minuano”, uma versão do Piper PA-32 Cherokee Six, fabricadas no Brasil pela Embraer e, posteriormente, pela sua subsidiária Neiva, sob licença da Piper Aircraft. O modelo tem um motor a pistão, projetado para operar em pistas curtas e não pavimentadas.

Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o PT-EOS é de propriedade da empresa Aerotur Táxi Aéreo LTDA, registrada no Pará. Foi fabricado em 1977, está com certificados de voo e segurança válidos e tem autorização para operar como táxi aéreo.

Por Ac24horas 

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