Com benefício negado pelo INSS, criança com autismo e doença autoimune sobrevive comendo pepino em Cruzeiro do Sul

Mãe de três filhos luta por tratamento para criança com autismo e doença rara de pele na zona rural de Cruzeiro do Sul

Jessica Taiane, de 32 anos, mora no Ramal Japãozinho, na região do Deracre, zona rural de Cruzeiro do Sul. Mãe de três filhos, com idades de 12, 11 e 5 anos, ela busca apoio para garantir o tratamento do caçula, Rarysson Sales Rodrigues, diagnosticado com autismo e uma rara condição congênita de pele chamada ictiose vulgar atópica. A doença provoca feridas dolorosas e exige cuidados rigorosos com alimentação e higiene.

“Hoje ele se encontra com essa doença, que se chama ictiose vulgar atópica . Ele já nasceu com ela e, com o passar do tempo, está se alastrando muito rápido pelo corpo”, contou a mãe.

Segundo a mãe, a criança tem dificuldades para se alimentar e consome basicamente pepino. Jessica afirma que não consegue trabalhar fora de casa, pois o filho não pode ser exposto ao sol devido à gravidade do quadro. “Eu não posso sair para trabalhar porque não posso colocar ele no sol. O corpo dele está todo tomado por essas feridas”, relatou.

A família sobrevive apenas com o auxílio do Bolsa Família, no valor de R$ 700. Segundo ela, a conta de energia chega a R$ 300, o que dificulta ainda mais as despesas com os produtos necessários para o tratamento do menino. “Tem mês que eu opto por pagar a conta de luz, em outro prefiro comprar ao menos uma pomada para ele.”

O tratamento exige pomadas específicas, sabonetes e produtos de limpeza neutros, já que a doença é autoimune. “Não posso usar água sanitária, nem sabão que não seja neutro.”

Jessica diz que tentou obter o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) junto ao INSS, mas teve o pedido negado. “Quando ele tinha 3 anos e estava em estado crítico, procurei o INSS, fiz todo o processo com a assistente social, mas foi negado. O que o servidor me disse foi que eu era nova e que podia comprar os medicamentos dele.”

Após a negativa, ela procurou ajuda jurídica e ingressou com uma ação na Justiça Federal, com apoio de um advogado. No entanto, o processo está parado há cerca de um ano e meio. “Já faz um ano e meio que esse papel está na mesa do juiz e até agora não tive resposta.”

Rarysson também foi encaminhado para atendimento com dermatologista, por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), mas até o momento não houve retorno. “Ele tem laudos do autismo e da doença de pele. Estou há dois anos e meio nessa luta.”

A mãe faz um apelo por apoio. “Se eu conseguisse o benefício, não resolveria tudo, mas amenizaria o sofrimento dele. Estou pedindo que me ajudem. Quem puder, que fale por mim.”

Quem quiser ajudar ligar para WhatsApp (68) 99939-5410, falar com Jéssica Taiane.

Jurua24horas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Para acessar os recursos, é necessário que o município tenha obtido o reconhecimento federal de situação de emergência ou estado de calamidade pública.
Segundo a ministra, o governo federal está atuando intensamente para barrar o avanço do projeto na Câmara dos Deputados.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reafirmou a importância do estado para a política ambiental do país e compartilhou reflexões sobre sua trajetória e as
No Sul, a expectativa é de mínimas em torno dos 3°C a 5°C negativos a partir de quinta-feira (29/5), quando aumentará também a condição para geada ampla em áreas dos
Os interessados devem se inscrever online no site da banca examinadora do certame, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
A justificativa não foi divulgada oficialmente, mas o motivo por trás da decisão parece ser político
O evento, que reuniu representantes nacionais e internacionais para discutir políticas ambientais voltadas às florestas tropicais, foi momentaneamente interrompido por manifestantes ligados a movimentos sociais e ambientalistas.
Após esconder as peças no bolso, o homem deixa o local tranquilamente.
Não existem mais publicações para exibir.