Faltando mais de 1 ano para as eleições de 2026, a recente federação entre Progressistas e União Brasil já começa a desenhar como será o cenário político para as próximas eleições.
No Acre, com o PP assumindo o comando da federação, a equação política em torno da pré-candidatura de Mailza Assis ao governo ganha novos contornos.
Mailza, que vai comandar o governo com saída de Gladson Camelí do cargo, tem sido cuidadosa na construção de uma aliança que garanta musculatura eleitoral e, claro, governabilidade.
Fontes ouvidas pela coluna apontam que, com o PP à frente da federação, há uma costura em andamento para que o União Brasil indique o nome do vice na chapa. O acordo, que vem sendo tratado como “aceno de equilíbrio”, agrada as duas siglas e evita atritos internos — por ora.
Nos bastidores, nomes já começam a circular, entre eles, o do secretário de Relações Federativas, Fábio Rueda, que ganha força principalmente por conta da influência do irmão, Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil.
O partido quer emplacar alguém com perfil técnico, mas que também tenha capital político no interior — região estratégica para a disputa.
A expectativa é que, até o segundo semestre deste ano, Mailza intensifique as conversas com aliados, buscando consolidar sua base e se proteger de possíveis dissidências.
Nada mais justo
Se o PP realmente encabeçar a federação no Acre — como já garantiu o governador Gladson Cameli —, nada mais justo que o União Brasil tenha a indicação do vice-governador.
O partido é um dos maiores do país e tem uma base forte no Acre, com 3 deputados federais, 3 deputados estaduais e 3 vereadores na capital.
Vale lembrar…
Em 2022, o União Brasil cedeu a indicação de vice-prefeito na chapa de Tião Bocalom para que o Progressistas indicasse Alysson Bestene para o cargo. Os papéis se inverteram e, na política, tudo é trazido à tona.
Cadê o asfalto, presidente?
A BR-364, principal rodovia que liga o Acre ao restante do país, continua em situação crítica — e quem passa pelo trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul sabe bem o drama que é.
Buracos, trechos intrafegáveis e pontes comprometidas transformaram a estrada em um verdadeiro campo de prova para veículos e motoristas.
O que chama a atenção (e revolta boa parte da população) é que o Governo Lula já destinou milhões para obras de recuperação da via. Só em 2023, segundo dados do próprio Planalto, o Acre recebeu recursos expressivos com essa finalidade — um volume celebrado publicamente pelo governador em diversas ocasiões.
Mas a pergunta que ecoa nos bastidores é: onde foi parar esse dinheiro? Por que, mesmo com a verba liberada, os problemas persistem e até se agravam em alguns pontos?
DNIT culpou os deputados
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo, explicou que os serviços de recuperação só serão intensificados a partir deste mês, devido ao atraso na liberação de recursos federais.
Cuidado, Lovisaro!
Corre nos bastidores a informação de que os promotores de Justiça estão prestes a se unir na formação de uma chapa que promete derrubar a possibilidade de um novo procurador assumir a Procuradoria-Geral do MPAC nas próximas eleições.
Esse fenômeno já ocorre em outros MPs do Brasil e é muito fácil se repetir no Acre porque o número de procuradores é muito inferior ao número de promotores.
As próximas eleições do MPAC, que vão definir o novo PGJ, terão como termômetro principal a ida — ou não ida — do procurador Sammy Barbosa para o STJ. Se ele conquistar a cadeira, terá um forte candidato na disputa.
Inclusive, fontes dizem que o ex-procurador Oswaldo D’Albuquerque, o Oswaldinho, pode voltar à disputa.
Por Contilnet