Deputado Tio Pablo denuncia abusos em operações ambientais e cobra resposta das autoridades

Durante sua fala, Tio Pablo denunciou o que classificou como abuso de poder por parte dos órgãos ambientais,

Em pronunciamento realizado nesta terça-feira (17), durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre, o deputado estadual Tio Pablo (PSD) fez um discurso em defesa dos produtores rurais e extrativistas do estado. Na ocasião, criticou as recentes operações ambientais realizadas no Acre. O discurso ocorreu diante de trabalhadores vindos de diversos municípios, como Plácido de Castro, Acrelândia e Senador Guiomard, que buscavam apoio institucional.

“O dia de hoje ficará marcado na história do nosso Acre, especialmente para a pecuária e o extrativismo. Agradeço ao presidente Nicolau por receber esses homens e mulheres do campo, que atravessaram o estado para estarem aqui”, iniciou o deputado.

Durante sua fala, Tio Pablo denunciou o que classificou como abuso de poder por parte dos órgãos ambientais, ressaltando que tais ações estariam, inclusive, favorecendo o avanço da criminalidade. “Recebi agora uma denúncia de um estudante de medicina em Plácido de Castro: retiraram a Força Nacional da fronteira, deixando apenas doze policiais. Isso é um absurdo! Quem tem uma caminhonete lá pode esconder, porque eu morei naquela região e sei exatamente como funciona. O patrimônio das famílias está nas mãos da criminalidade”, afirmou.

Demonstrando indignação, o parlamentar destacou que as operações vêm penalizando de forma injusta os produtores rurais e cobrou providências urgentes das autoridades competentes. “Além de atacarem nossos produtores de forma desumana, estão entregando nossas cidades ao crime. E onde estão nossas entidades, a bancada federal e aqueles que foram eleitos com o discurso de defesa do setor produtivo? Precisamos de respostas imediatas”, questionou.

O deputado informou que a Confederação Nacional da Agricultura já protocolou um pedido formal para a suspensão das operações, mas reforçou a necessidade de mais ações institucionais. “Não vi sequer um documento sendo encaminhado ao ICMBio, ao STF ou ao STJ solicitando a suspensão dessas ações. Existem mecanismos legais para buscar a regularização daqueles que estão nas florestas públicas. Esta Casa, inclusive, já aprovou quatro leis que poderiam mudar a realidade de muitos que hoje estão aqui.”

Em seu discurso, Tio Pablo também relembrou episódios anteriores de violência institucional. “Há dois anos venho alertando sobre a truculência de alguns órgãos. No Rio Caeté, por exemplo, embarcações foram alagadas, e crianças se esconderam na mata, apavoradas com a presença de helicópteros. E agora, infelizmente, esse problema se aproxima de todos nós. A exceção virou regra.”

Ao encerrar, o deputado reafirmou seu compromisso com a defesa dos produtores e extrativistas acreanos. “Enquanto houver Parlamento e enquanto eu estiver aqui, a voz de vocês será ouvida. Seguiremos firmes, lutando para que pais e mães possam trabalhar com dignidade, manter suas famílias, pagar suas contas e oferecer educação aos seus filhos. Que os verdadeiros responsáveis sejam responsabilizados, inclusive os bancos que financiaram projetos dentro da Reserva Chico Mendes. Que essa injustiça acabe, que o diálogo prevaleça e que o direito à vida digna dos homens e mulheres do campo seja, enfim, respeitado.”

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De acordo com o ICMBio, os invasores destruíram o muro do estabelecimento, romperam cadeados e soltaram os animais.
A diferença é que, na capital fluminense, o valor da multa aplicada ao estabelecimento pode variar entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, sendo dobrado em caso de reincidência.
O órgão também requer que as gravações sejam contínuas e ininterruptas, pelo menos até que haja uma definição técnica e legal sobre outro modelo de acionamento.
A apreensão dos animais ocorreu por determinação da Justiça Federal, com base em ações contra a criação ilegal de gado dentro da reserva.
Os manifestantes serão recebidos pelo deputado após a sessão ordinária desta terça, na sala das comissões.
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