Em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (20), o Juízo Criminal da Vara Única da Comarca de Rodrigues Alves homologou a prisão em flagrante e decretou a custódia preventiva de um homem suspeito de matar um amigo acidentalmente com um disparo de arma de fogo. O fato ocorreu na sede do município, e o suspeito compareceu espontaneamente à Delegacia de Polícia Civil de Rodrigues Alves para relatar o ocorrido, onde recebeu voz de prisão.
A decisão foi proferida pelo juiz de Direito Elielton Armondes, responsável pela unidade judiciária. Ele considerou que o procedimento policial que resultou na prisão em flagrante foi realizado de forma legítima, dentro dos limites da autoridade policial, sem registro de irregularidades. O magistrado destacou a presença dos requisitos legais necessários para a decretação da prisão preventiva, como a comprovação da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria.
Durante a audiência, o promotor de Justiça Luis Henrique Correa manifestou-se a favor da prisão preventiva do suspeito, com base nos crimes de homicídio simples e tráfico de drogas. Já a defensora pública Camila Barros defendeu a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, como monitoramento eletrônico, comparecimento regular em juízo e restrição de horários.
O juiz ressaltou a gravidade dos crimes, destacando a apreensão de 600 gramas de cocaína no local do homicídio, além de materiais relacionados ao fracionamento e embalagem de entorpecentes, como balança de precisão, plásticos, munições intactas e cartuchos deflagrados de arma de uso restrito. Ele também observou que o suspeito não relatou qualquer tipo de maltrato, agressão ou coação durante a prisão.
“Foi evidenciada a flagrância dos crimes de homicídio e tráfico de drogas. Diante da gravidade em concreto dos crimes, entendo que é necessária uma resposta do Sistema de Justiça”, afirmou o magistrado em sua decisão.
Com base nesses elementos, o juiz homologou a prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva do investigado, fundamentando a decisão na necessidade de garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal. O inquérito policial segue em andamento, e o julgamento dos crimes de homicídio simples e tráfico de drogas ocorrerá após a apresentação e recebimento da denúncia pelo Ministério Público do Acre.