FOTO: WHIDY MELO
Com a chegada de junho, o Acre se despede do clima úmido e dá início oficialmente ao inverno no hemisfério sul. O mês é caracterizado por dias mais curtos, noites longas e um clima mais seco e frio em todo o estado. O boletim foi publicado pelo meteorologista Davi Friale, no Portal O Tempo Aqui
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), junho costuma registrar as temperaturas mais baixas do ano no Acre, resultado das massas de ar polar que avançam pela região. Historicamente, a menor temperatura registrada no mês na capital, Rio Branco, foi de 7,8°C, enquanto em Tarauacá os termômetros chegaram a 10,8°C.
Além do frio, há uma redução significativa nas chuvas. Em Rio Branco, por exemplo, o volume médio cai de 98,7 milímetros em maio para 44,8 milímetros em junho. O mesmo comportamento é observado em outras cidades acreanas, como Cruzeiro do Sul, onde a média mensal recua de 155,6 mm para 89,7 mm, e em Epitaciolândia, de 81,8 mm para 32,2 mm.
Ainda assim, episódios de chuva intensa podem ocorrer. O maior acumulado em 24 horas, registrado em junho, foi de 57,4 mm em Rio Branco (1993) e de 92,2 mm em Cruzeiro do Sul (1989).
De acordo com a análise das atuais condições atmosféricas e oceânicas, a previsão para junho de 2025 no Acre é de chuvas dentro da média climatológica. Isso significa que os acumulados podem variar até 20% acima ou abaixo da média histórica.
Quanto às temperaturas, os acreanos devem se preparar: as mínimas devem ficar um pouco abaixo da média, enquanto as máximas tendem a ficar ligeiramente acima. A chegada do mês será marcada pela atuação de uma forte massa de ar frio de origem polar, derrubando as temperaturas já nos primeiros dias.
Além do frio, a umidade relativa do ar deve cair significativamente, especialmente nas regiões mais urbanizadas, elevando o risco de desconforto respiratório e queimadas. A previsão aponta dias ensolarados, secos e noites frias e estreladas, um cenário típico do inverno amazônico.
Por Ac24horas