Nos últimos meses, vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais mostram adolescentes saltando de uma torre de transmissão de energia em uma área alagada na região do Saboeiro e Cruzeirinho, em Cruzeiro do Sul, Acre. A prática perigosa chamou a atenção da Energisa, empresa responsável pela distribuição de energia na cidade, que adotou medidas de segurança e acionou o Ministério Público e a Polícia Militar. No entanto, mesmo com os avisos e barreiras instaladas, moradores continuam subindo na torre.
A coordenadora de segurança do trabalho da Energisa, Gabriela Mendes, alerta para os perigos dessa prática.
“Além do risco do salto em si, que pode causar ferimentos graves ou até ser fatal dependendo da queda, há o perigo ainda maior da eletricidade. Essa torre transmite energia de alta potência, e quando misturamos eletricidade e água, o risco aumenta drasticamente”, explica.
A presença de água nas proximidades da torre amplia o risco de descargas elétricas fatais, pois a eletricidade pode se propagar pelo ambiente, mesmo sem contato direto com os fios.
A Energisa já realizou diversas ações para impedir o acesso à torre e conscientizar os moradores sobre os riscos.
- Sinalização e placas de aviso foram instaladas– Mas são frequentemente removidas.
- Barreiras físicas foram colocadas para dificultar a escalada – Porém, moradores as retiram.
- A empresa realizou campanhas educativas na região– Ainda assim, os saltos continuam.
“Fomos até o local, conversamos com a população e explicamos os perigos, mas mesmo assim as pessoas continuam subindo. A torre foi construída exclusivamente para a transmissão de energia e não pode ser usada para esse tipo de diversão”, reforça Gabriela.
Diante da insistência dos moradores em desafiar o perigo, a Energisa acionou o Ministério Público e a Polícia Militar para buscar soluções mais rígidas e evitar possíveis tragédias.
“Nosso maior objetivo é evitar que vidas sejam perdidas por imprudência. Infelizmente, as pessoas não percebem que estão arriscando não apenas a própria segurança, mas também a dos demais”, afirma a coordenadora.

Jurua24horas