Polícia prende 7 e procura outros 10 suspeitos de matar jovem em ‘tribunal do crime’

Com a nova fase da operação, a Polícia Civil também apreendeu celulares que serão analisados para identificar se outros indivíduos participaram direta ou indiretamente do crime.

A Polícia Civil do Acre segue à procura de dez foragidos suspeitos de envolvimento na morte brutal de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, em Cruzeiro do Sul. A investigação aponta que eles participaram diretamente da execução do jovem, assassinado em março deste ano, por ordem de uma facção criminosa. Nesta terça-feira (8), a polícia cumpriu mais sete mandados de prisão preventiva contra integrantes da “Tropa do Ódio”, como é conhecido o braço armado da organização criminosa que atua na região do Juruá. Com essas prisões, já são dez os detidos pelo crime.

João Vitor desapareceu no dia 8 de março, após sair de casa sem avisar o destino. Três dias depois, o corpo dele foi encontrado boiando no Rio Juruá, com as mãos amarradas e perfurações de faca no rosto e pescoço. A polícia descobriu que ele foi sequestrado, julgado por um “tribunal do crime”, executado e teve o corpo ocultado pelos criminosos. Segundo o delegado Heverton Carvalho, do Núcleo Especializado em Investigação Criminal (Neic), os sete presos nesta nova fase da operação são parte do grupo que executou a vítima. “As investigações apontam que 17 pessoas participaram da execução. Todos estão com mandados de prisão preventiva. Com as prisões desta terça, restam 10 foragidos, e a polícia continua em diligência para localizá-los”, destacou.

A motivação para o crime teria sido uma represália. Um mês antes do assassinato, João Vitor foi filmado ajudando a imobilizar um suspeito durante uma abordagem da Polícia Militar no Centro de Cruzeiro do Sul. O vídeo repercutiu nas redes sociais, e integrantes da facção se revoltaram com a atitude, considerando-a como uma “traição”. Por esse episódio que aconteceu em via pública, onde João aplicou um ‘mata-leão’ em um suspeito durante uma abordagem que, segundo os depoimentos, foi o estopim para o crime, conforme afirmações do delegado.

No dia do assassinato, João Vitor foi atraído até o bairro Cohab por uma amiga, identificada como Maria Francisca Fernandes Lima, que o levou até o local da emboscada. A jovem foi a primeira presa no caso e confessou participação. Outros dois presos em flagrante foram Bruno Teixeira de Souza, de 22 anos, que usava tornozeleira eletrônica e foi identificado por registros do Iapen como estando no local da execução — ele morreu em maio após um mal súbito no presídio — e Gabriel Farias da Cruz, de 18 anos, o mesmo jovem imobilizado por João Vitor no vídeo da abordagem policial. Ele teria exigido uma “resposta” da facção após o episódio.

Com a nova fase da operação, a Polícia Civil também apreendeu celulares que serão analisados para identificar se outros indivíduos participaram direta ou indiretamente do crime. O delegado Heverton Carvalho reforçou que as investigações continuam e que novas prisões podem ocorrer nos próximos dias. O caso, que chocou a população do Juruá, segue sendo tratado como prioridade pela segurança pública do estado.

Por Contilnet 

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