Prefeitura retira primeira família de casa devido à cheia do rio Juruá

Aulas são suspensas em sete escolas devido à enchente

Na manhã desta terça-feira, 18, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, através da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, realizou a retirada da primeira família que teve a casa atingida pela cheia do Rio Juruá, sendo levada para o abrigo, montado na Escola Corazita Negreiros, no bairro do Telégrafo. O nível do Rio Juruá alcançou hoje a marca de 13,65 metros, atingindo 12 bairros de Cruzeiro do Sul e 11 comunidades.

O prefeito Zequinha Lima realizou uma vistoria nas áreas mais atingidas, incluindo a Comunidade Boca do Moa, acompanhado da equipe da Defesa Civil,  Secretaria de Assistência Social, e do vereador José Roberto, que reside no Miritizal.

Raiane Quirino, moradora da comunidade Olivença agradeceu a gestão municipal pelo apoio e disse que sua casa já está com o assoalho coberto pela água. “Já tinha coberto o assoalho aí eu peguei e saí de lá e fui para minha cunhada por uma noite. Eu liguei para o Corpo de Bombeiros para poder tirar minhas coisas lá de dentro. Agradeço o Zequinha Lima e a Defesa Civil por terem me tirado de lá e minhas coisas também, porque se não tivesse tirado, tínhamos que comprar tudo de volta.”

Outras quatro famílias já solicitaram ajuda da Prefeitura para serem retiradas de suas residências e levadas aos abrigos e duas para casa de familiares.

“O rio tem subido constantemente, com uma média de 4,5 centímetros a cada 12 horas. Estamos monitorando essa situação de perto e tomando todas as providências necessárias para garantir a segurança da população”, afirmou o prefeito Zequinha Lima.

O coordenador da Defesa Civil, José Lima, explicou que a cheia ultrapassou 65 centímetros da cota de transbordo, e afetou 12 bairros e 11 comunidades. Além disso, mais de 137 famílias estão sem energia elétrica. “Estamos em constante monitoramento e em prontidão, com os abrigos preparados e o plano de contingência em ação. A situação exige uma resposta rápida e eficaz para minimizar os impactos”, destacou Lima.

A Secretaria de Assistência Social e Cidadania, liderada por Milca Santos, também está atuando no acolhimento das famílias afetadas. “As primeiras famílias ficam na Escola Corazita, que tem capacidade para abrigar até oito famílias. Lá, ofereceremos o acolhimento necessário, com alimentação e acompanhamento social”, explicou Milca.

As famílias que precisarem de assistência da Defesa Civil podem entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ou com a Defesa Civil pelo número (68) 3965-6237, que está disponível 24 horas por dia para atender a população.

Aulas paralisadas

A cheia do Rio Juruá também causou a paralisação das aulas em 7 escolas. Como no bairro Miritizal e na Comunidade Boca do Moa, além de outras três da área central que estão sendo preparadas como abrigos, sendo a Escola Corazita, Marechal Thaumaturgo e Marcelino Champagnat.

A secretária Rosa Lebre explicou que as equipes têm percorrido as escolas para avaliar o nível da água. “Ontem fizemos mais uma vistoria e decidimos suspender as aulas nas escolas do Miritizal porque, hoje, a água já chegou ao terreno e até mesmo às próprias instalações. Nossos alunos precisam atravessar essa água para chegar à escola, o que é muito perigoso tanto para eles quanto para os profissionais da educação”, explicou.

A secretaria destacou ainda que as aulas precisarão ser repostas futuramente. “Infelizmente, essa é uma situação que foge ao nosso controle. O prefeito determinou que deixássemos esses espaços disponíveis para acolher as famílias afetadas, e precisamos ajudar quem está em situação de vulnerabilidade. No entanto, sabemos que essa interrupção impacta o andamento do ano letivo, mas garantimos que as aulas serão repostas para cumprir a carga horária obrigatória”, afirmou.

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