Sem estrada, moradores e empresários de Porto Walter sofrem com seca do rio e prejuízos econômicos

O ramal que poderia aliviar o problema foi aberto há cerca de três anos, mas permanece fechado devido ao embargo imposto por órgãos de proteção ambiental.

Os moradores do município de Porto Walter, situado no alto rio Juruá, estão enfrentando sérias dificuldades devido à seca do rio, que tem impedido o abastecimento básico da região. A situação tem se agravado pela ausência de uma estrada que ligue Porto Walter a Cruzeiro do Sul, passando por Rodrigues Alves.

O ramal que poderia aliviar o problema foi aberto há cerca de três anos, mas permanece fechado devido ao embargo imposto por órgãos de proteção ambiental. Diante dessa realidade, a comunidade está se organizando para uma mobilização no dia 25 de junho, onde será realizado um abaixo-assinado solicitando a abertura da estrada.

Francisco Alemão Prudêncio, empresário do ramo de supermercado e bebidas em Porto Walter, relatou os prejuízos que vem sofrendo. “Na última semana, perdi parte da minha produção de frios porque a viagem que antes era feita em nove horas agora leva até três dias. Produtos como maçãs, peras, abacates, cebolas e batatas estão estragando durante o trajeto,” explicou.

A dificuldade de transporte está elevando os custos de frete e fazendo com que faltem os produtos essenciais. “No verão, a situação piora. O frete se torna mais caro não só para os comerciantes, mas também para a população em geral. Produtos perecíveis como frango estão em falta porque os barqueiros temem que a mercadoria estrague durante a longa viagem,” disse Francisco. “Se a estrada fosse aberta, muitas empresas poderiam entregar diretamente em Porto Walter, reduzindo nossos custos e beneficiando o consumidor final.”

A manifestação do dia 25 de junho busca chamar a atenção das autoridades para a urgente necessidade de reabertura do ramal, o que traria alívio não só para Porto Walter, mas também para Marechal Thaumaturgo, que enfrenta os mesmos problemas devido à seca do rio Juruá.

Ericson Araújo da Costa, servidor público e organizador do movimento, reforça a importância da mobilização. “A comunidade está sofrendo há anos com o isolamento. A abertura da estrada é essencial para garantir o direito de ir e vir e melhorar a qualidade de vida de todos.”

jurua24horas

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