Na tarde desta terça-feira (11), o caso do desaparecimento do jovem João Victor da Silva Borges, de 21 anos, ganhou novos desdobramentos com a descoberta de seu corpo em uma região alagadiça às margens do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, próximo à divisa com o município de Guajará. O corpo foi encontrado por equipes da Polícia Militar e Civil, que intensificaram as buscas desde o momento em que a mãe de João Victor registrou o desaparecimento na manhã de segunda-feira (10). A descoberta do corpo foi apenas o início de uma investigação que já levou à prisão de uma mulher envolvida no caso.
O desaparecimento de João Victor foi inicialmente noticiado pelas redes sociais e pela mídia local. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Heverton Carvalho, a mãe do jovem procurou a delegacia no domingo (9) à noite para registrar o desaparecimento, e a Polícia Civil começou imediatamente a investigar possíveis pistas sobre o paradeiro do jovem.
“Logo na segunda-feira pela manhã, tomamos conhecimento do caso através das mídias sociais. Começamos a investigar e identificamos alguns nomes de possíveis envolvidos”, explicou o delegado Carvalho. No decorrer da investigação, a polícia identificou que João Victor foi atraído para um local distante e foi vítima de um crime brutal cometido por um grupo ligado a uma organização criminosa.
Durante a tarde desta terça-feira (11), a Polícia Civil prendeu em flagrante uma mulher que, segundo as investigações, foi responsável por levar João Victor até os criminosos, conhecidos por operar no “Tribunal do Crime”, um sistema informal de julgamento violento, geralmente relacionado a organizações criminosas. A prisão foi realizada após a polícia traçar o caminho percorrido pelo jovem até o momento de sua execução.
“O local onde o corpo foi encontrado é completamente diferente de onde ele foi morto. São áreas distintas e de difícil acesso, o que mostra a atuação de diversas pessoas no crime”, explicou o delegado. Ele também ressaltou que, embora João Victor fosse um jovem de boa índole e bem conhecido na comunidade, sua morte foi motivada por uma disputa interna entre criminosos, sem qualquer envolvimento do jovem com atividades ilícitas.
Apoio da Polícia Militar
A Polícia Militar, por meio de uma operação conjunta com a Polícia Civil, também desempenhou um papel crucial no andamento da investigação. O comandante da Polícia Militar, Daniel Teixeira, relatou que, assim que a Polícia Militar tomou conhecimento do desaparecimento, foi instaurada a “Operação Oráculo”, com o objetivo de localizar o jovem e identificar possíveis suspeitos.
“Durante a operação, recebemos informações que nos levaram até o Rio Juruá, onde localizamos o corpo de João Victor. Fizemos o isolamento do local, acionamos o Corpo de Bombeiros e a perícia, que realizaram os procedimentos necessários para a liberação do corpo”, disse o comandante Teixeira.
Investigação em Andamento
Atualmente, a investigação segue sob a responsabilidade da Polícia Civil, que continua a trabalhar na identificação dos outros envolvidos no crime. Novas prisões podem ser realizadas à medida que mais informações sobre a participação de outros criminosos surgem.
“Estamos em campo, coletando informações e trabalhando para identificar todos os envolvidos. Algumas pessoas já foram identificadas e novas prisões poderão ocorrer em breve”, afirmou o delegado Heverton Carvalho.
Além disso, o comandante Daniel Teixeira reforçou a importância da colaboração da comunidade para ajudar na resolução do caso. “A polícia está atenta a todas as informações que chegam. Pedimos à população que continue nos apoiando, pois as informações são fundamentais para a conclusão dessa investigação”, afirmou.
Redação Juruá24horas