Polícia identifica corpos de Rian  e Thiago encontrados com sinais de tortura em área de mata em Cruzeiro do Sul

Polícia Civil localiza dois corpos com sinais de tortura e prende suspeitos em Cruzeiro do Sul

A Polícia Civil, por meio do Núcleo Especializado de Investigação Criminal (NEIC), localizou na manhã desta quarta-feira (28) dois corpos enterrados em covas rasas no final da rua São Paulo, em uma área de mata no município de Cruzeiro do Sul. As vítimas foram identificadas como Rian e Thiago, ambos desaparecidos há alguns dias.

De acordo com o delegado Heverton Carvalho, as investigações começaram na segunda-feira (26), logo após a família de Rian Barroso de Brito, de 24 anos, registrar seu desaparecimento. A partir daí, a equipe de investigação passou a atuar em campo durante toda a madrugada. Já nesta manhã, o corpo do jovem foi encontrado em uma cova rasa. Próximo ao local, uma segunda cova foi localizada com o corpo de Thiago, que até então não tinha registro de desaparecimento formalizado pela família.

“É importante destacar que a falta de registro de ocorrência dificulta muito o trabalho da polícia. Os familiares devem procurar os órgãos competentes ao menor sinal de desaparecimento”, alertou o delegado.

Ambos os corpos apresentavam sinais de extrema crueldade. Segundo a investigação, Thiago foi morto entre quinta e sexta-feira da semana passada (22 e 23 de maio), com golpes de martelo na cabeça. A vítima teve a cabeça decepada e o coração arrancado. Rian foi assassinado entre domingo e segunda-feira (26 e 27), também com requintes de crueldade: marteladas e facadas, além de ter o coração removido.

O delegado confirmou que os crimes foram executados por membros de uma organização criminosa que atua na região. Ao todo, três suspeitos foram detidos, incluindo dois menores de idade. Os adolescentes serão apresentados ao Ministério Público, que poderá solicitar a internação. Um maior de idade também está entre os presos e deve ser apresentado à Justiça.

Segundo a polícia, Thiago teria sido executado por ordem do chamado “tribunal do crime”, após ser acusado de furtar fios de cobre de um posto de saúde. Já Rian teria sido sentenciado por suspeita de envolvimento em um caso de estupro de vulnerável.

“É fundamental que a população entenda: facção não é justiça. Quem procura esses grupos para resolver conflitos também será responsabilizado. A polícia e o Estado existem para isso. A sociedade precisa confiar e recorrer aos meios legais”, destacou o delegado.

A operação contou com o apoio do Corpo de Bombeiros e do Instituto Médico Legal (IML), que atuaram na remoção dos corpos.

As investigações continuam, e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.

Redação Juruá24horas 

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