Turismo comunitário fortalece economia e preserva a floresta em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima

Os municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no interior do Acre, têm ganhado destaque no cenário turístico nacional graças à força do turismo de base comunitária (TBC). Em

Os municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no interior do Acre, têm ganhado destaque no cenário turístico nacional graças à força do turismo de base comunitária (TBC). Em especial, o Rio Croa e a Serra do Moa, no Parque Nacional da Serra do Divisor, são dois destinos que vêm sendo redescobertos por estudiosos, viajantes e amantes da natureza.

A região tem recebido visitantes de vários cantos do Brasil e do mundo. Quem confirma é Jonathan Fernandes, que ao lado da mãe, Cíntia Flores, administra a Pousada Canto e Encanto Janaína, às margens do Rio Croa, em Cruzeiro do Sul.

“Aqui não para de chegar gente. Veio pessoal do Rio, de São Paulo e até da equipe de filmagem do longa ‘Geni e o Zepelim’. E o mais bonito é que quem vem, volta, e traz mais gente”, conta Jonathan, animado com o crescimento da atividade.

Jonathan Fernandes recebe turistas na Pousada Canto e Encanto Janaína, às margens do Rio Crôa, em Cruzeiro do Sul. Foto: Marcos Rocha/Sete

Turismo como renda e preservação

Em alusão ao Dia Nacional do Turismo, celebrado em 8 de maio, o governo do Acre tem ressaltado a importância do TBC como ferramenta que alia sustentabilidade ambiental e geração de renda. A atuação da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo (Sete), em parceria com o programa internacional REDD+ Early Movers (REM), vem contribuindo para impulsionar o setor e manter a floresta em pé.

“O Acre é um estado riquíssimo. Nosso papel é incentivar e mostrar os caminhos para que o turismo traga desenvolvimento sem destruir nossas riquezas naturais”, afirma o secretário da Sete, Marcelo Messias.

Histórias que inspiram

Na Serra do Divisor, nomes como Agemiro Magalhães, o “Miro”, são referências na área. Morador da margem direita do rio Moa, Miro atua há mais de duas décadas como anfitrião de turistas e pesquisadores.

“Tudo começou com os pesquisadores. Depois construí a primeira pousadinha de palha. De lá pra cá, tudo evoluiu”, lembra com orgulho.

Inspirada por Miro, Eva Maria Luz da Silva, fundou a Pousada Caminho das Cachoeiras, que há quatro anos recebe visitantes. “Eu amo o que faço. Sempre gostei de cozinhar e hoje me realizo recebendo pessoas de todos os lugares”, conta ela.

Outra figura querida é dona Graça, da Pousada Canindé da Serra, conhecida por sua hospitalidade e culinária regional. “Não é fácil preparar comida pra tanta gente, mas já estamos acostumadas. A gente faz com amor”, comenta.

Rede de trabalho e valorização da cultura

O guia turístico Edmilson Cavalcante é um dos responsáveis por conduzir visitantes ao Mirante da Serra, um dos pontos mais procurados do Parque Nacional. Ele ressalta que o turismo ajudou a transformar a realidade local.

“Antes era muito difícil. Hoje, a banana, a farinha, a goma pra tapioca… tudo o que produzimos é vendido para as pousadas. Tem gente que guia, tem quem hospeda, quem pilota os barcos. Todo mundo ganha”, resume.

O parque, criado em 1989 e administrado pelo ICMBio, abriga mais de 837 mil hectares de floresta preservada e oferece trilhas, cachoeiras e experiências únicas de imersão na Amazônia.

Divulgação nacional e capacitação

O Acre tem participado de eventos como o Salão do Turismo no Rio de Janeiro, onde experiências do Croa, da Serra do Divisor e da Trilha Chico Mendes chamaram a atenção do público. Além disso, cursos de capacitação vêm sendo oferecidos às comunidades para profissionalizar ainda mais o atendimento e a hospitalidade local.

Edmilson revela que já levou turistas do mundo inteiro ao Mirante da Serra.

“Muitos se emocionam. Pra eles, essa conexão com a natureza é rara. A gente vive aqui e nem percebe o quanto isso é valioso pra quem vem de fora.”

Contatos úteis para quem deseja visitar a Serra do Divisor

Com infomações agência de notícais

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