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Militares de Israel utilizaram violência sexual e reprodutiva como arma de guerra na Faixa de Gaza,aponta um relatório da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre o Território Palestino Ocupado, da ONU. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (13/3).
De acordo com as denúncias, não só mulheres e meninas foram alvos dos abusos, cometidos também contra homens e meninos palestinos. Os casos foram revelados por testemunhas dos atos, médicos que trabalharam em casos ligados à violência sexual contra moradores desde outubro de 2023, sociedade civil e advogados especialistas.
“Não há como escapar da conclusão de que Israel empregou violência sexual e de gênero contra palestinos para aterrorizá-los e perpetuar um sistema de opressão que mina seu direito à autodeterminação”, disse o presidente da comissão, Navi Pillay.
Além de agressão sexual, o relatório de 49 páginas denuncia casos de nudez forçada em público, assédio sexual, mutilação de órgãos genitais e ameaças de estupro como parte dos crimes cometidos contra os palestinos na Faixa de Gaza.
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Uma outra forma de violência documentada pela comissão da ONU é a destruição, sistemática, de instalações voltadas para a saúde sexual e reprodutiva no enclave palestino. Sob ordens expressas de autoridades israelenses, militares ainda teriam impedido o fornecimento de medicamentos e equipamentos utilizados durante gestações, partos e cuidados pós-parto.
Em nota, a missão de Israel em Genebrarejeitou as acusações da comissão da ONU, e chamou o relatório de infundado. A diplomacia israelense ainda afirmou que a equipe de investigação, que atua investigando crimes cometidos na Palestina desde 2021, distorce a realidade para “promover sua agenda política predeterminada e tendenciosa”, mas não apresentou provas.
Por Metrópoles