O cantor Matheus, que forma dupla com Kauan, usou suas redes sociais para fazer um desabafo após descobrir que o artista acreano, Heitor Costa, regravou e vem divulgando, sem autorização, a canção “A Nossa Praia”, de sua autoria. A música, que Matheus compôs e gravou originalmente com Kauan, voltou a ganhar destaque nas plataformas digitais e foi reinterpretada por Heitor em vídeos que têm viralizado nas redes sociais.
Matheus afirma que nem ele nem sua equipe foram procurados para conceder a liberação da obra. “Uma música minha, composição minha, foi recentemente gravada e tá sendo amplamente usada, assim, nas redes sociais, em vídeos virais (…) sem pedir uma autorização, sem conversar comigo, sem falar com a minha equipe”, disse o cantor em vídeo.
“Não é só uma questão de justiça, é um pouco de ética também”, afirmou Matheus, destacando o desrespeito à classe dos compositores. Ele frisou ainda que, se tivesse sido consultado, talvez tivesse autorizado a regravação: “O que me pega não é a pessoa gravar ou deixar de gravar (…), até porque se ela me pedisse, talvez eu até liberaria de boa”.
Matheus também mencionou que casos como esse têm se tornado frequentes, principalmente com a recente viralização de músicas antigas do projeto “Matheus Calma”. Segundo ele, artistas têm aproveitado a popularidade renovada das faixas para regravá-las sem autorização e obter visibilidade regional.
“Esses artistas aproveitam pra poder pegar o hype da música e gravar em cima”, afirmou.
Nos storys, após desabafo, Matheus postou parte de conversa sua com Heitor onde ele fala em áudio: “Agora, eu acho, não tenho certeza, que o escritório pegou a liberação da música. Caso não tenha pegado, você pode entrar na justiça e alegar que a gente roubou a sua música. E aí, você ganha na justiça, tá?”
O artista também tentou tirar a responsabilidade de si, afirmando ser apenas intérprete e colocando a culpa em seu time de produção: “Eu realmente não sei, pô, eu sou o intérprete. Eu tenho um escritório por trás”. Por fim, Heitor criticou o fato de Matheus ter se posicionado publicamente sobre o assunto: “Pelo seu tamanho, eu acho que não deveria vir a público e explanar um negócio desse”.
Para Matheus, o mais importante não é a exposição do nome ou o sucesso da música, mas o respeito ao processo criativo. “A composição é a alma da música. Não é só uma melodia bonita jogada ao vento, tem a ver com sentimento, trabalho, história”, concluiu.
Até o momento, nenhuma medida judicial foi anunciada, mas o episódio segue repercutindo nas redes e levantando questionamentos sobre a prática de regravações não autorizadas no cenário musical brasileiro, especialmente quando envolve nomes em ascensão, como o do acreano Heitor Costa.
Por Contilnet
