“Não tem porque me condenar”, diz Bolsonaro no STF

Bolsonaro ainda afirmou que não tem problemas com Mauro Cid. O tenente-coronel, delator da suposta trama golpista para anular as eleições presidenciais de 2022, foi o primeiro a ser ouvido

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a interrogar, na tarde desta segunda-feira (9/6), os réus do núcleo 1 por participação na suposta trama golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. Durante o intervalo da sessão, Bolsonaro afirmou a jornalistas que não existe nenhuma preparação para uma possível condenação, pois, na visão dele, não há motivo para ser condenado.

“Eu não tenho preparação para nada, não tem porque me condenar. Estou com a consciência tranquila. Quando falaram o tempo todo, “assinar o decreto…”. Não é assinar decreto, pessoal. Assinar um decreto de (estado de) defesa ou de sítio, o primeiro passo é convocar os conselhos da República e de Defesa. Não foi feito”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro ainda afirmou que não tem problemas com Mauro Cid. O tenente-coronel, delator da suposta trama golpista para anular as eleições presidenciais de 2022, foi o primeiro a ser ouvido nesta segunda.

Primeiro dia de interrogatório
O interrogatório começou com as perguntas do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, seguidas por breves questionamentos do ministro Luiz Fux. Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, interrogou Cid, em sessão mediada pelo ministro Moraes. Os advogados das outras partes também questionaram o tenente-coronel.

Gonet questionou Cid sobre qual era a expectativa do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados acerca de uma possível fraude nas eleições presidenciais de 2022. O tenente-coronel respondeu que a expectativa era “grande”.

“Grande expectativa era encontrar fraude nas urnas. A gente sempre viu uma busca por encontrar fraude na urna. Com fraude na urna, você poderia convencer os militares dizendo que a eleição foi fraudada, alguma coisa, e aí talvez a situação mudasse, então o grande mote ali do que eu, da minha visão ali, que tem a ver com isso, foi que iria se encontrar uma fraude nas ruas”, disse Cid.

Por: Metrópoles

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