Na quarta-feira, 07 de agosto, às 8h, será realizado um importante encontro no auditório do Colégio Craveiro Costa, no bairro Remanso, para discutir as alterações na Lei 11.520, que estende benefícios a novos grupos de pessoas afetadas pela hanseníase. O evento contará com a presença do coordenador estadual do Morhan, Elson Dias, e do diretor jurídico do Morhan Nacional, Thiago Flores.
A nova legislação amplia o direito à pensão especial, já concedida às pessoas com hanseníase que foram isoladas compulsoriamente durante a política de segregação (em leprosários) no Acre até 1986, aos filhos dessas pessoas. Além disso, a lei também contempla aqueles que foram isolados nos seringais e em suas próprias residências.
Elson Dias destaca a importância dessa ampliação: “Nenhum dinheiro do mundo é capaz de compensar ou apagar as marcas que a segregação provocou na alma e no coração das pessoas atingidas pela hanseníase e suas famílias. Mas estender aos filhos o direito à pensão especial é dar mais um passo importante para a reparação de uma dívida enorme que o Brasil tem com aqueles que, durante anos, foram privados dos cuidados e carinho dos pais.”
Thiago Flores, diretor jurídico do Morhan Nacional, explica a importância do evento: “Nós estamos aqui na cidade para fazer uma reunião muito importante nessa quarta-feira, às oito horas da manhã, no auditório do Colégio Craveiro Costa, para falar sobre as alterações da Lei 11.520. A nova legislação inclui a pensão especial para os isolados em domicílios, seringais e, principalmente, para os filhos separados.”
Flores também ressaltou que a lei ainda aguarda regulamentação há mais de oito meses, e que uma reunião em Brasília, marcada para o mesmo dia, contará com a presença do coordenador nacional do Morhan, Faustino Pinto, e de Artur Custodio, membro do Ministério da Saúde e voluntário do Morhan, na Casa Civil para discutir a assinatura do decreto.
“Convidamos todos a participarem desse encontro. Estaremos à disposição para tirar dúvidas e explicar a situação desses novos direitos”, concluiu Flores.
Este evento é uma oportunidade para esclarecer e avançar na implementação dos direitos dos afetados pela hanseníase e seus familiares, contribuindo para uma reparação histórica e um reconhecimento da injustiça sofrida por tantos anos.
Jurua24horas