O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul foi mobilizado em duas ocorrências de desaparecimento em áreas de mata fechada no Vale do Juruá, em um intervalo de menos de 24 horas. As buscas, que acontecem simultaneamente, envolvem vítimas desaparecidas nas regiões de Guajará (AM) e da BR-364, no Acre, intensificando a atuação da corporação em áreas de difícil acesso.
O caso mais recente envolve um homem de 47 anos e seu filho de 27, que desapareceram há sete dias na região da comunidade do Boto, às margens da BR-364. De acordo com a capitã Daniela Marques, uma equipe de resgate foi montada e partiu às 4h da manhã desta segunda-feira (5) para a localidade conhecida como Taperi, onde as vítimas foram vistas pela última vez. A viagem até o ponto estimado deve levar cerca de 15 horas.
Segundo a capitã, os dois estavam acompanhados de um terceiro homem, que conseguiu retornar à cidade e acionou o Corpo de Bombeiros. “Já se passaram muitos dias e, por isso, a operação é de extrema urgência”, destacou Daniela. Além da equipe militar, sete moradores da própria comunidade também iniciaram as buscas.
Esse é o nono caso de desaparecimento atendido pela guarnição de Cruzeiro do Sul neste ano, número que evidencia o alto índice desse tipo de ocorrência na região amazônica.
Jovem desaparece durante pescaria em Guajará (AM)
O primeiro acionamento das últimas 24 horas ocorreu no domingo (4), após o desaparecimento de um jovem de 18 anos na zona rural do município de Guajará, no estado do Amazonas. De acordo com informações repassadas por familiares, o jovem participava de uma pescaria no Lago Verde e se afastou do grupo por volta das 6h da manhã para caçar sozinho. Ele não retornou.
Sem um batalhão do Corpo de Bombeiros em Guajará, a equipe de Cruzeiro do Sul foi acionada às 13h e partiu no mesmo dia, às 17h, com uma guarnição de quatro militares. “Nosso batalhão tem dado apoio frequente a municípios vizinhos, como Ipixuna e Guajará”, explicou a capitã Daniela Marques.
A área onde o jovem desapareceu é de mata densa e habitat natural de animais silvestres, incluindo onças, o que aumenta a preocupação. “A orientação é que em casos como esse, de entrada na mata, a pessoa nunca vá sozinha. Isso aumenta o risco e dificulta o resgate”, alertou a capitã.
Redação Juruá24horas