Senador Alan Rick visita Embaixada do Japão e propõe cooperação técnica e parceria em mitigação de desastres naturais na Amazônia

A reunião teve como foco a cooperação técnica e estratégica entre os dois países para enfrentar desafios ambientais e ampliar investimentos sustentáveis na Amazônia com destaque para a mitigação de

O senador Alan Rick (União Brasil–AC) foi recebido nesta terça-feira (13) pelo embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji, na sede da Embaixada, em Brasília. A reunião teve como foco a cooperação técnica e estratégica entre os dois países para enfrentar desafios ambientais e ampliar investimentos sustentáveis na Amazônia com destaque para a mitigação de desastres naturais. 

O parlamentar destacou que o Acre tem enfrentado enchentes cada vez mais severas e frequentes, e defendeu a urgência de soluções estruturantes, como barragens, reservatórios e drenagem urbana. “O Japão é uma referência mundial em prevenção de desastres naturais. Precisamos trazer essa expertise para proteger a população do Acre, que sofre ano após ano com as cheias do Rio Acre”, afirmou. 

Outro ponto abordado pelo  senador na reunião foi a construção da  rodovia entre Cruzeiro do Sul (AC) e Pucallpa (Peru), com acesso estratégico ao porto de Chancay, no Pacífico o que reduziria em até 20 dias o tempo de navegação entre o Brasil e os mercados asiáticos, incluindo o Japão.

“Já temos estrada pronta até o Peru por Assis Brasil. Mas essa rota enfrenta limitações técnicas, como subidas íngremes e restrições de peso. Precisamos de uma nova estrada, com traçado moderno e ambientalmente responsável, ligando o Vale do Juruá à cidade de Pucallpa. São apenas 240 km de extensão, sendo 140 km em território brasileiro e 100 km no Peru. Essa conexão transformaria o Acre em eixo logístico entre Brasil e Ásia”, explicou o senador.

Alan destacou ainda que o traçado da nova estrada passaria pela região da Serra do Divisor, uma área ambiental sensível. Por isso, reforçou a importância de debater o tema com responsabilidade e transparência. “O Brasil e o Japão podem mostrar ao mundo que é possível construir uma rodovia com padrão ambiental elevado. Uma estrada parque, fiscalizada, com compensações claras.”

O senador também convidou o governo japonês a se tornar parceiro comercial e técnico da obra. “O Japão poderia ser um parceiro estratégico na construção da rodovia. Mais do que investir recursos, o Japão pode contribuir com apoio técnico, fiscalização qualificada e incentivo a práticas que garantam a execução de uma estrada ambientalmente correta.”

Durante a reunião, o embaixador apresentou ainda o projeto conjunto entre a JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão), Embrapa Cerrados e empresas japonesas, que atuam na recuperação do solo, aumento da produção de grãos e inclusão produtiva de pequenos agricultores com uso de tecnologias como biochar, fertilizantes orgânicos, sensoriamento remoto por satélite e linhas de crédito adaptadas à agricultura familiar. Alan Rick propôs que esse modelo seja expandido para a Amazônia. 

O embaixador sinalizou abertura para uma agenda bilateral com a JICA, voltada ao enfrentamento de desastres naturais e à proteção das populações vulneráveis da Amazônia. Alan Rick reforçou que foi relator de um projeto sobre barragens na Câmara dos Deputados (PL-3775-2015), o que o motivou a acompanhar de perto a regulamentação e o uso de soluções preventivas baseadas na engenharia e na ciência. Ele também mencionou a cultura do café que começa a crescer no Acre como oportunidade estratégica. “O café é muito mais que um produto de exportação. Ele contribui com a recuperação de áreas degradadas, captura CO₂, fixa nitrogênio no solo e pode ser um aliado no reflorestamento com valor agregado. O Japão e toda a Ásia estão ampliando o consumo. É hora de unirmos produção com sustentabilidade.”

Ao final da conversa, o senador destacou sua agenda internacional propositiva onde pretende dialogar com instituições de fomento ambiental e buscar novos investimentos em projetos reais e aplicáveis.

“Estamos começando a trilhar os caminhos para colocar em prática projetos ambientais sérios, com impacto direto na vida das pessoas. O que buscamos com o Japão, e com outros parceiros é dignidade para nossa gente, prevenção de desastres, desenvolvimento de infraestrutura verde e, ao mesmo tempo, retorno sustentável para os investidores. O desenvolvimento da Amazônia não é incompatível com a preservação. O que defendemos são soluções que respeitem a floresta e tragam dignidade ao nosso povo.”, concluiu.

Por Assessoria 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

As escolas participantes devem criar a Comissão Convida, responsável pela elaboração de um projeto de ação com base em três eixos temáticos: territórios saudáveis, territórios que protegem e territórios de

Foto: Tony Winston/Agência Brasília O estado do Acre está entre os poucos do país que começaram a apresentar sinais de estabilização ou queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

A previsão é que ele permaneça na cidade por cerca de dez dias.
Ainda não há informações se Feitosa ocupará um cargo na prefeitura.
Manutenção na rede de transmissão pode causar interrupções de energia no Vale do Juruá.
De acordo com a Polícia Militar, o homem foi localizado escondido em uma área de mata nos fundos de uma fazenda.
De acordo com o TJAC, a audiência foi realizada normalmente nas dependências do Fórum da Comarca, sob condução da juíza de Direito Mirella Ribeiro.
O projeto é voltado para casais em situação de vulnerabilidade econômica, o período de inscrições ocorrerá de 23 de junho a 11 de julho, no Cartório de Mâncio Lima, localizado
Não existem mais publicações para exibir.