Complexo Industrial do Café inicia testes com produção no Juruá

Com cerca de 100 milhões de pés de café cultivados por pequenos e médios produtores cooperados, a região do Juruá desponta como nova fronteira agrícola do Acre

O Complexo Industrial do Café, localizado no município de Mâncio Lima, iniciou os testes de seu maquinário em meio à colheita da primeira safra do ano. A movimentação marca uma nova fase para a cafeicultura do Vale do Juruá e antecipa a inauguração oficial do espaço, prevista para o final de maio.

O complexo é resultado de uma articulação liderada pela ex-deputada e atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, em parceria com a Cooperativa de Produtores de Café (CPE Café). A iniciativa integra o programa Café Amazônia Sustentável e busca implantar um modelo cooperativista e ambientalmente responsável de beneficiamento da produção local.

“Esse complexo beneficiará milhares de famílias que vivem da economia familiar, melhorando renda e impulsionando o cooperativismo. Queremos que um café de alta qualidade chegue à mesa dos acrianos, do Brasil e do mundo”, afirmou Perpétua Almeida, que também ocupa o cargo de diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI.

A expectativa é que o complexo fortaleça o agronegócio regional, acelerando a produção, comercialização e até a exportação do café acriano/Foto: Reprodução

Para o presidente da CPE Café, Jonas Lima, a conquista representa um marco para o setor agrícola do Acre. “É uma grande conquista, especialmente para nós do Norte, que enfrentamos dificuldades para industrializar nossa produção. Isso vai transformar a economia local,” destacou.

Os equipamentos em fase de testes têm capacidade para processar até 120 sacas de café por hora, conforme explica Eduardo Tosta, especialista da ABDI. As máquinas realizam etapas como secagem lenta, descascamento e seleção dos grãos, otimizando o processo e garantindo maior qualidade ao produto final.

O produtor Orleilsson de Souza, da comunidade Belo Monte, acompanha de perto os testes e reforça a expectativa dos trabalhadores rurais: “Esperamos que esse complexo atenda toda nossa demanda, promovendo um café de qualidade e fortalecendo a cadeia produtiva.”

Com cerca de 100 milhões de pés de café cultivados por pequenos e médios produtores cooperados, a região do Juruá desponta como nova fronteira agrícola do Acre. Inicialmente, o complexo atenderá 172 produtores, com potencial de expansão nos próximos anos.

A expectativa é que o complexo fortaleça o agronegócio regional, acelerando a produção, comercialização e até a exportação do café acriano.

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