Falta de professores no Amazonas leva jovens indígenas a migrar para Cruzeiro do Sul (AC) em busca de educação

Diante do abandono educacional, cresce a migração de jovens indígenas para cidades como Cruzeiro do Sul (AC), Guajará, Benjamin Constant e Tabatinga (AM), onde buscam acesso ao ensino médio regular.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao governo do Amazonas que regularize o ensino em aldeias indígenas com contratação urgente de professores e criação de um calendário especial intercultural para os anos letivos de 2025 e 2026. A medida busca corrigir o avanço escolar de estudantes que passaram de ano mesmo sem terem tido aulas.

A recomendação tem como base investigações que apontam ausência de aulas, merenda e material didático em diversas comunidades indígenas, especialmente nas terras Tenharim do Igarapé Preto e Vale do Javari. Em alguns casos, estudantes do ensino médio passaram o ano letivo inteiro sem professores.

Diante do abandono educacional, cresce a migração de jovens indígenas para cidades como Cruzeiro do Sul (AC), Guajará, Benjamin Constant e Tabatinga (AM), onde buscam acesso ao ensino médio regular. Lideranças indígenas alertam que esse êxodo pode provocar o esvaziamento dos territórios e ameaçar a continuidade de culturas tradicionais.

“Estamos perdendo nossas crianças para as cidades. Isso sinaliza a extinção de nossas culturas sagradas”, alertam líderes marubos em carta enviada ao MPF.

A Procuradoria também recomendou que não haja impedimentos na contratação de profissionais como merendeiras, motoristas e pilotos de barco, essenciais para garantir o funcionamento das escolas em áreas de difícil acesso.

Por Ac24horas 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

De acordo com o Censipam, ventos de sul devem provocar uma queda nas temperaturas em toda a região.
Com o inquérito concluído, agora cabe ao Ministério Público do Acre (MPAC) analisar o caso e oferecer denúncia à Justiça.
Outros municípios também tiveram valores expressivos, como Rodrigues Alves (R$ 68.716,12), Mâncio Lima (R$ 63.297,15) e Santa Rosa do Purus (R$ 60.016,17).
A ideia é que a indexação ao dólar sirva como alternativa aos juros elevados, especialmente para produtores com receitas em moeda estrangeira, como os de soja, milho, café e algodão.
A organização tem como objetivo propor políticas que melhorem a gestão de pessoas no setor público, com foco especial em lideranças e equidade.
A iniciativa já é referência no combate à fome e à insegurança alimentar.
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Banda Raça Negra abre a programação de shows da ExpoAcre Juruá 2025 nesta terça-feira (1º).
Não existem mais publicações para exibir.