Um irmão de Leandro Mendes do Santos, de 18 anos, baleado durante uma tentativa de assalto na Escola Maria Raimunda Balbino, em Rio Branco, que terminou com o vigilante Raimundo de Assis de Souza Filho morto nessa segunda-feira (7), trabalhou com a vítima no colégio. A informação é da Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (Dcore).
“Ouvi dizer que era reeducando prestando serviço lá, mas não comprovei essa informação ainda. Não tem nada nos autos que comprove isso [a participação na tentativa de assalto]. No momento, só suposição. Tanto que não foi flagranteado”, confirmou o delegado.
Leandro foi achado ferido no pescoço do lado de fora da escola, quando pulou o muro para tentar fugir. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), passou por cirurgia e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Rio Branco.
O diretor do hospital, Lourenço Vasconcelos, disse que o paciente foi operado na região do pescoço. O estado de saúde dele é grave.
Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que o vigilante foi morto durante uma tentativa de assalto na manhã de segunda-feira (7). Raimundo morreu durante a troca de tiros com os criminosos que tentaram roubar a arma dele.
O crime ocorreu por volta das 5h43. As câmeras mostram o vigilante andando em um dos corredores do colégio de costas. Em determinado momento, ele se vira e dá de cara com os criminosos em sua direção.
Um dos bandidos está armado e aponta um revólver na direção do vigilante. Raimundo coloca a mão na arma e bate com a outra mão no revólver do suspeito enquanto tenta sacar a própria arma. Após reagir e ser atingido, o vigilante morreu em um das salas.
Policiais do 1º Batalhão estiveram no local e acionaram a Polícia Civil para fazer a perícia e o Instituto Médico Legal (IML) também esteve na escola para fazer a remoção do corpo da vítima.
A PM-AC prendeu um segundo suspeito no bairro Pista horas após a morte do vigilante. O terceiro segue foragido.
Família abalada
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, a enteada do vigilante, Larissa Castello, disse que a família está perplexa e deseja justiça. Raimundo trabalhava há cerca de cinco anos na escola.
“Minha mãe mora numa chácara depois do [bairro] Custódio Freire, então, a gente teve que buscar ela, chegamos na escola perto das 8 horas. Foi um choque receber essa notícia, a gente não esperava que isso fosse acontecer, foi uma notícia que chocou muito. Agora, esperamos que seja feita a justiça e esperamos apoio porque ele morreu no trabalho”, lamentou a jovem.
Por G1