No Acre, 118 filhos perderam as mães para o feminicídio em seis anos; 24 presenciaram o crime

Desses casos, 24 filhos presenciaram o assassinato de suas mães.

No Acre, entre janeiro de 2018 e janeiro de 2024, 118 filhos perderam as mães para o feminicídio, de acordo com dados divulgados pelo Feminicidômetro, uma ferramenta do Ministério Público do Acre (MPAC) voltada à transparência e ao controle social dos crimes de feminicídio no estado. Desses casos, 24 filhos presenciaram o assassinato de suas mães.

O levantamento revela ainda que, entre as 71 mulheres assassinadas no período, 72% tinham filhos. Em 24% dos casos, a vítima estava separada ou em processo de separação do agressor, enquanto 45% estavam em um relacionamento, e 27% não tiveram essa informação registrada. A pesquisa também aponta que 4% dos feminicídios não se aplicam à categoria de separação.

A faixa etária mais afetada foi a de mulheres entre 20 e 24 anos, que concentrou 14 vítimas. Em termos de raça e cor, 86% das mulheres assassinadas eram pardas ou pretas, destacando a persistente desigualdade racial dentro do contexto da violência doméstica. A maior parte das vítimas (71,8%) não teve sua escolaridade informada, mas entre as que tiveram, 9,9% possuíam apenas o Ensino Fundamental incompleto, e 5,6% possuíam o Ensino Médio incompleto. A pesquisa também revelou que 4,2% das vítimas eram analfabetas.

Em relação à ocupação, a maioria das vítimas eram donas de casa (21), seguidas por estudantes (10), autônomas (6) e agricultoras (4). Doze vítimas não tiveram suas profissões informadas.

Por A Gazeta do Acre 

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