Moradores de Guajará, no interior do Amazonas, têm denunciado desorganização e tratamento desigual no atendimento do barco da Previdência Social, ancorado no porto do município desde a noite de segunda-feira, 7 de abril. A embarcação, anunciada para chegar no dia 7, só atracou no dia seguinte, o que levou dezenas de pessoas a dormirem na fila em busca de atendimento.
Com grande demanda e pouca estrutura, os relatos apontam para falta de organização por parte da equipe da prefeitura, responsável por dar suporte ao atendimento. Segundo moradores, apenas uma tenda foi disponibilizada, obrigando os cidadãos a enfrentarem o forte sol por horas.
“Basta olhar a quantidade de pessoas sob o sol quente. Estou aqui desde segunda-feira à noite e é um descaso com a população”, reclamou um senhor que aguarda atendimento desde o início da semana.

Uma moradora relatou ter passado a noite na fila e, mesmo com problemas de saúde, ficou sem ficha de atendimento, enquanto outras pessoas teriam sido priorizadas por conta de laços de amizade ou ligações políticas. A situação gerou revolta entre os presentes.
“Total desorganização. Essa é a palavra que resume o que estamos vivendo aqui”, declarou uma usuária que preferiu não se identificar.
A situação chegou a um ponto crítico quando uma senhora desmaiou devido ao calor e à longa espera, evidenciando a falta de estrutura mínima para receber a população, principalmente idosos e pessoas com doenças crônicas.

As denúncias são direcionadas principalmente à equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social, que, segundo os relatos, não estaria agindo de forma justa e transparente na organização do fluxo de atendimento.
A população pede mais respeito, estrutura e transparência no processo de distribuição das fichas e no acolhimento dos moradores que, muitas vezes, dependem exclusivamente desse tipo de ação para resolver pendências previdenciárias importantes.

Até o momento, a Prefeitura de Guajará e a equipe responsável pelo barco da Previdência Social não se pronunciaram oficialmente sobre as denúncias.
Redação Juruá24horas