Pesquisas da Ufac sobre plantas alimentícias não convencionais ganham destaque internacional

Sob a liderança das professoras doutoras Almecina Balbino Ferreira e Marilene Santos de Lima, a pesquisa também integra trabalhos de doutorado de alunos da Ufac.

A Universidade Federal do Acre (Ufac) se consolida como um importante polo de pesquisa na Amazônia, desenvolvendo estudos que ultrapassam os limites acadêmicos e alcançam projeção internacional. Um exemplo notável é o grupo de pesquisa sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), vinculado ao Centro de Ciências Biológicas e da Natureza (CCBN), que recentemente teve suas investigações sobre plantas amazônicas com potencial medicinal, cosmético e alimentício retratadas em uma reportagem da emissora pública francesa France 2.

Destaque internacional e resultados promissores

Sob a liderança das professoras doutoras Almecina Balbino Ferreira e Marilene Santos de Lima, a pesquisa também integra trabalhos de doutorado de alunos da Ufac. A professora Almecina ressaltou a importância dessa visibilidade global:

“Ao trabalhar com a flora local, promovemos não só estudos voltados à nossa região, mas também contribuímos para um diálogo global sobre sustentabilidade e bioeconomia”, afirmou.

Entre os principais resultados do grupo de pesquisa estão:

  • Espinafre-da-Amazônia: Identificado como uma excelente fonte proteica, com até 28% de proteína em sua composição. Além disso, a planta contém 19 dos 20 aminoácidos essenciais para o organismo humano, tornando-se uma alternativa promissora para dietas veganas.
  • Adoçante amazônico: Extremamente doce, pode ser até mil vezes mais adocicado que a sacarose. A planta também apresenta propriedades medicinais aromáticas e óleo essencial em suas folhas e flores, ampliando seu potencial de uso.
  • Bertalha: Apesar de ser tradicionalmente consumida em saladas, o foco da pesquisa recaiu sobre seus frutos, de coloração roxa intensa. Eles têm potencial para a produção de corantes naturais e destacam-se por compostos químicos promissores para a indústria cosmética, especialmente no combate ao envelhecimento celular.

Divulgação científica e impacto na sociedade

Para a professora Almecina, a divulgação dessas descobertas para além do meio acadêmico é fundamental para fortalecer o papel das instituições de ensino superior no Brasil. Ela destacou que esse reconhecimento contribui para:

  • Aumento da visibilidade científica: Colocando a Ufac em destaque no cenário acadêmico nacional e internacional.
  • Impacto social e econômico: As pesquisas podem resultar em inovações tecnológicas, políticas públicas mais eficazes e melhorias na qualidade de vida da sociedade.

Com essa iniciativa, a Ufac reafirma sua relevância na valorização dos recursos naturais amazônicos, promovendo a sustentabilidade e fortalecendo sua presença como um centro de excelência em pesquisa científica.

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