Pescadores de Cruzeiro do Sul estão enfrentando dificuldades devido ao atraso no pagamento do seguro-defeso, benefício concedido aos profissionais da pesca artesanal durante o período de reprodução dos peixes, quando a atividade é proibida.
Alan Araújo da Silva, pescador há 13 anos na região da Praia Grande, próximo à Boca do Moa, relatou que, apesar de ter dado entrada no benefício em 2023, ainda não recebeu os valores devidos. Segundo ele, sua esposa, que também solicitou o seguro, conseguiu receber duas parcelas, enquanto ele continua sem resposta. “Queremos saber qual é o motivo do atraso. A colônia diz que é o INSS, mas o INSS de Cruzeiro do Sul afirma que não tem informações, e dizem que a questão está em Rio Branco”, afirmou.
Carlos Alves Vieira, que trabalha como pescador há quatro anos, também enfrenta o mesmo problema. Ele relatou que seu pedido está em análise há meses e que, mesmo após atualizar documentos exigidos, não obteve retorno. “Já fui várias vezes, levei meu título atualizado e nada. Nunca recebi nenhuma parcela, só gasto dinheiro tentando resolver e continuo sem resposta”, disse.
Sem poder pescar devido à proibição do período do defeso e sem receber o benefício, os pescadores relatam dificuldades para sustentar suas famílias. Muitos buscam alternativas, como trabalhos informais, para conseguir alguma renda. Diante da situação, um grupo de trabalhadores decidiu procurar o Ministério Público para reivindicar seus direitos e tentar solucionar o problema.
Jurua24horas