O padre Mássimo Lombardi, figura religiosa conhecida no Acre, comentou, neste domingo, 8, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que aponta a redução no número de católicos e o crescimento de evangélicos no estado.
Para Lombardi, é preciso lembrar o que a Igreja Católica já plantou, antes de tudo, sementes com lágrimas e com fé. “Porque, durante mais de 100 anos, a Igreja Católica chegou antes da estrada, antes da escola, antes do posto de saúde. E quando ninguém queria vir para a selva amazônica, os missionários e as missionárias vieram. Vieram padres, irmãs, leigos, leigas do Brasil e do mundo, semeando o evangelho, semeando a educação, dignidade, amor, respeito”, enfatizou.
Mássimo explica ainda que, com isso, escolas foram fundadas e hospitais foram criados. “Centros sociais, organizações populares para tornar a vida mais digna e fraterna. A Igreja esteve sempre ao lado das mães aflitas, dos doentes, das crianças, dos jovens perdidos”, acrescenta, relembrando ainda que os primeiros centros de recuperação para pessoas adictas foram criados pela Igreja Católica. “Nas vilas, nos barrancos dos rios, nas periferias esquecidas, lá estava a cruz, lá estava a Bíblia, lá estava a Santa Missa, o altar improvisado debaixo de uma árvore e o povo rezando. Ninguém é perfeito, mas nunca houve omissão”, enfatiza.
O padre finaliza dizendo que a fé católica tem valores que resistem ao tempo, mesmo que muitos tenham trocado de igreja. “O evangelho de Jesus Cristo continua vivo na alma deste povo acreano. Por exemplo, o amor ao próximo, o perdão aos inimigos, o valor da cruz, não como derrota, mas como caminho”, finaliza.
Por A Gazeta do Acre