Jorge Viana fala de estratégias da Apex para impulsionar exportações de pequenos negócios e ampliar o papel do Brasil no comércio global

Iniciativas como "Exporta Mais" e avanços na bioeconomia fortalecem a atuação do país em novos mercados internacionais

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, revelou as estratégias que a entidade vem adotando para estimular as exportações de micro e pequenas empresas brasileiras, especialmente nas regiões Nordeste e Amazônia.

Entre os programas destacados, estão o “Exporta Mais”, em parceria com o Sebrae, e o “PayX”, que habilita negócios em todos os estados a se tornarem exportadores. “Em 2024, trabalhamos com 21 mil empresas, sendo 54% micro e pequenas”, enfatizou Viana.

Dados do Ministério da Economia, analisados pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA CIN), mostram que, em 2024, a região Norte exportou US$ 29,6 bilhões, sendo que o Pará respondeu por cerca de US$ 23 bilhões desse total, evidenciando o crescimento da região na balança comercial brasileira.

Desafios e Potenciais

Viana também abordou os desafios da concorrência internacional, citando as barreiras impostas por novas políticas econômicas, como o protecionismo dos Estados Unidos, e destacou o potencial do Brasil em áreas estratégicas:

  • Bioeconomia;
  • Energia renovável;
  • Hidrogênio verde.

Segundo ele, “o Brasil pode ser protagonista na nova economia sustentável, aproveitando suas riquezas naturais e matriz energética limpa.”

Exportações e Logística

Apesar dos avanços, o presidente da Apex salientou que o Brasil ainda enfrenta gargalos logísticos e precisa investir mais em:

  • Ferrovias;
  • Portos;
  • Estradas;
  • Armazenagem.

“Temos um sucesso tão grande nas exportações que precisamos ampliar nossa infraestrutura para acompanhar o crescimento”, afirmou.

Ele também lembrou que o país possui 40 milhões de hectares já desmatados, que podem ser aproveitados para ampliar a produção agrícola sem necessidade de novos desmatamentos.

Crescimento e Diversificação de Mercados

O Brasil abriu quase 400 novos mercados internacionais entre 2023 e 2024, consolidando a sua posição em setores tradicionais e emergentes. Entre os mercados estratégicos destacados estão:

  • Agricultura e alimentos;
  • Indústria de alta tecnologia (como aviação, semicondutores e data centers);
  • Energia sustentável.

“Hoje, o Brasil é o segundo principal destino mundial de investimentos e tem um papel estratégico na segurança alimentar e energética global”, reforçou Viana.

Amazônia em Destaque

Na próxima edição da COP, a Apex apresentará uma exposição exclusiva de produtos da bioeconomia amazônica, como o açaí e a castanha-do-Brasil, reforçando o papel da floresta em um modelo de desenvolvimento sustentável.

Viana, que é engenheiro florestal e ex-governador do Acre, pontuou: “O potencial da Amazônia é quase infinito e pode ser o motor de uma nova economia verde.”

Impactos Globais e Perspectivas

Comentando sobre os efeitos das novas tarifas comerciais dos EUA, Viana alertou para os riscos de uma guerra comercial em um momento em que o mundo precisa de:

  • Investimentos;
  • Crescimento econômico;
  • Redução da desigualdade;
  • Combate às mudanças climáticas.

“A crise climática exige um novo modelo econômico mais justo, sustentável e inclusivo, e o Brasil pode liderar essa transformação”, concluiu.

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