Nesta terça-feira (8), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), em parceria com o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), iniciou uma série de mutirões de regularização ambiental na região do Vale do Juruá. As ações ocorrem em três municípios: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.
O objetivo é oferecer, de forma gratuita, serviços relacionados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), retificações cadastrais, adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e esclarecimentos sobre licenciamento ambiental. Segundo Cláudio Cavalcanti, chefe do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental da SEMA, a ação busca aproximar o Estado dos produtores rurais, facilitando o acesso à regularização fundiária e ambiental.
“Essa é uma oportunidade para que o produtor conheça a situação do seu imóvel e busque a regularização. Não se trata de fiscalização, mas sim de apoio técnico e informativo. Muitos declararam o CAR há mais de 10 anos e hoje precisam atualizar essas informações”, destacou Cavalcanti.
Em Cruzeiro do Sul, o mutirão acontece no auditório do Ministério Público. Já em Mâncio Lima, a ação será realizada em uma escola do centro da cidade, e em Rodrigues Alves, na Câmara Municipal. Os eventos contam com o apoio do IPAM, que mobiliza sindicatos e associações locais para garantir ampla participação dos produtores.
A pesquisadora Jarlene Gomes, do IPAM, reforça que a regularização ambiental é essencial para garantir o acesso a políticas públicas e à preservação ambiental.
“Sem floresta, não há água, e sem água não há produção. Quando o produtor está regularizado, ele pode acessar crédito, vender seus produtos em mercados institucionais e garantir uma melhor qualidade de vida”, afirmou.
Além das orientações e atendimentos, os mutirões também integram atividades de capacitação para técnicos, gestores e produtores sobre os instrumentos de regularização ambiental previstos no Código Florestal.
O cronograma do mutirão segue até sexta-feira (11), encerrando em Rodrigues Alves. Para ser atendido, o produtor deve levar documentos pessoais, documentação do imóvel e, se tiver, o mapa e memorial descritivo da propriedade.
Redação Juruá24horas