Pintor que sobreviveu a acidente em caixa d’água afirma que trabalhadores estavam sem EPI no momento da tragédia

O resgate dos corpos foi realizado por equipes do Corpo de Bombeiros por volta das 18h33 do mesmo dia.

Foto: Iryá Rodrigues

O pintor José Coutinho, único sobrevivente do acidente ocorrido na última quinta-feira, 12, dentro da caixa d’água do Condomínio Via Parque, em Rio Branco, relatou os momentos de desespero vividos por ele e os colegasRuan Roger da Silva Barbosa, de 32 anos, e Diony Magalhães Oliveira, de 22, que morreram asfixiados e afogados no reservatório. Ainda abalado, José concedeu entrevista durante o velório de Diony, que era casado com sua filha.

Segundo o trabalhador, os três realizavam a pintura interna da caixa d’água em regime de revezamento, devido ao forte cheiro do produto utilizado no serviço. O primeiro a passar mal foi Diony. Ao perceber os sinais de desorientação do colega, José e Ruan desceram ao tanque na tentativa de socorrê-lo, mas também começaram a sentir os efeitos da intoxicação. José contou que, em meio ao colapso mental causado pelos vapores, conseguiu sair da estrutura e pedir ajuda.

O atestado de óbito apontou que a causa das mortes foi asfixia seguida de afogamento. Na entrevista, José Coutinho disse que os trabalhadores estavam sem Equipamento de Proteção Individual (EPI) e afirmou que, mesmo quando recebiam os equipamentos, os filtros entupiam com frequência, dificultando a respiração durante o trabalho.

A empresa responsável pelo serviço, a Pimentel Engenharia, afirmou que todos os equipamentos de segurança foram entregues e que havia um engenheiro fiscal acompanhando a obra. Sobre as declarações de que os EPIs estariam em más condições, a empresa negou e informou que os materiais passavam por manutenção regular.

Denise de Freitas, tia de Diony, disse ter recebido informações de que os trabalhadores estavam sem qualquer tipo de equipamento no momento do acidente. Para ela, se houvesse o uso correto de EPIs e um sistema de segurança com cordas, os jovens poderiam ter sido resgatados a tempo.

O condomínio Via Parque, por meio de nota, lamentou o ocorrido e destacou que a empresa era terceirizada, responsável pela manutenção preventiva e corretiva dos reservatórios. A administração disse ainda que acompanha o caso e colabora com as autoridades na apuração dos fatos.

O resgate dos corpos foi realizado por equipes do Corpo de Bombeiros por volta das 18h33 do mesmo dia. A caixa d’água tem cerca de 30 metros de altura e, no momento do acidente, estava com aproximadamente um metro de água no interior.

Por A Gazeta do Acre 

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