Prévia da inflação de março é de 0,64%, com tomate, café e ovos mais caros

A alta esperada pelo mercado financeira era de 0,7%. No ano passado, o índice para março foi de 0,36%.

A prévia da inflação oficial perdeu força e foi de 0,64% neste mês de março, ante variação de 1,23% apurada em fevereiro, mostram dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta nos preços dos ovos (+19,4%), do tomate (+12,6%) e do café moído (+8,5%) aparecem entre as principais influências para o desempenho do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) neste mês.

Como foi o IPCA-15

Previa da inflação desacelera em março. Mesmo com a perda de ritmo na comparação com fevereiro, a variação do IPCA-15 foi a mais alta para o mês desde 2023 (0,69%). A alta esperada pelo mercado financeira era de 0,7%. No ano passado, o índice para março foi de 0,36%.

Índice acumulado em 12 meses supera 5%. Após fechar 2024 acima do teto da meta, a variação anual ganhou força nos últimos dois meses e foi de 5,26 entre abril de 2024 e março de 2025. A variação acumulada é a maior para qualquer período desde o início de 2023.

IPCA-15 permanece acima do teto da meta. O limite de tolerância de 1,5 ponto percentual definido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) permite que a inflação acumulada em 12 meses oscile entre 1,5% e 4,5%.

Alimentos mais caros

O grupo composto por alimentos e bebidas teve a maior alta. A variação de 1,09% foi influenciada pelos preços dos alimentos consumidos dento de casa, que subiram 1,25% em março, uma aceleração após variação positiva de 0,63% em fevereiro.

Principais vilões estão presentes no dia a dia das famílias. Contribuíram para a inflação dos alimentos as altas nos preços do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%).

Alimentação fora de casa também acelerou em março. A alta de 0,66% é superior à registrada no mês passado (0,56%). O resultado conta com o encarecimento da refeição (0,62%) e do lanche (0,68%).

Combustíveis pesam no bolso

Todos os combustíveis veiculares ficam mais caros. A maior alta foi do óleo diesel (+2,77%). Na sequência, aparecem o etanol (+2,17%), a gasolina (+1,83%), subitem de maior impacto no mês, e do gás veicular (0,08%).

Resultado puxou a inflação dos transportes (+0,92%). O resultado também conta com a contribuição do subitem trem, que apresentou alta de 1,9% devido ao reajuste de 7,04% nas tarifas no Rio de Janeiro (4,25%), a partir do dia 2 de fevereiro.

Veja a variação de cada um dos grupos

Alimentação e bebidas: +1,09%

Transportes: +0,92%

Despesas pessoais: +0,81%

Habitação: +0,37%

Saúde e cuidados pessoais: +0,35%

Comunicação: +0,32%

Vestuário: +0,28%

Educação: +0,07%

Artigos de residência: +0,03%

O que é o IPCA-15

O IPCA-15 foi criado para oferecer a variação dos preços nos 30 dias finalizados na metade de cada mês. O indicador começou a ser divulgado em maio de 2000 e representa uma prévia do IPCA, o índice oficial da inflação no país. Para este mês, a apuração consiste no período entre 13 de fevereiro e 17 de março.

O indicador considera a evolução dos preços em nove grandes grupos. As análises levam em conta as variações apresentadas por itens das áreas de alimentação e bebidas, artigos residenciais, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário.

A coleta de preços do IPCA-15 é feita em um período não calculado pelo IPCA. Com isso, o indicador mostra qual será a tendência do resultado do final do mês. A análise tem como alvo a cesta de produtos consumidos pelas famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, residentes em 11 áreas urbanas do Brasil (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Distrito Federal).

Por UOL 

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