Família acusa IML de negar resgate após homem morrer em casa no AC: ‘disseram que não podiam levar’

Corpo de Vaval, foi levado dentro de uma rede até a casa da irmã, onde foi colocado em uma tábua até que ela conseguisse um caixão por meio da assistência

Um homem de 48 anos, identificado como Genivaldo Augustinho da Silva, foi encontrado morto dentro de uma casa na Rua Rio Grande do Sul, no bairro Remanso, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre e a família dele acusa o Instituto Médico Legal (IML) de não ter feito o resgate do corpo.

A reportagem, os familiares de Vaval, como era conhecido pelos moradores da região, contam que o corpo ficou mais de três horas no local após terem acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi ao local, atestou o óbito e pediu para chamarem o Instituto Médico Legal (IML).

O IML então foi ao local, mas a família alega que apenas liberaram o corpo

“Só disseram que o corpo tinha sido liberado porque não foi morte violenta. Só disseram isso. Eles disseram que não podiam levar e que não era eles que resolviam […] [disseram que] se eu quisesse trazer pra residência, que trouxesse, e isso não é coisa que se faça, porque ele era um ser humano”, falou Maria Ocelilda Araújo, irmã de Genivaldo.

Enquanto a irmã resolvia os trâmites para conseguir um caixão por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, os próprios familiares limparam o corpo e o puseram em cima de uma tábua.

“A gente sem saber o que fazer, a PM disse que não tina mais o que fazer, e liberaram [o corpo], mas a gente sem saber como pois não tinha laudo da morte, não foi feito nada, e a população ficou revoltada e triste. Fizemos a limpeza do corpo e improvisamos o local”, disse o barbeiro João Mota de Souza.

A comunidade local lamentou a morte do homem, conhecido por ser dependente químico e viver em situação de vulnerabilidade. Genivaldo sofria de epilepsia e era usuário de álcool. A família acredita que ele teve uma crise e teria morrido sufocado em um poço de agua.

O que diz o IML

Após a repercussão do caso, a equipe da Rede Amazônica Acre entrou em contato com o diretor-geral do departamento de polícia científica em rio branco, Mário Sandro Martins, que disse que o IML só faz o resgate do corpo quando há uma perícia a ser feita.

Nesse caso, segundo o diretor, a orientação era mesmo o acionamento do Samu para atestar o óbito e, posteriormente, a família fica encarregada de acionar os serviços funerários para o recolhimento do corpo, velório e sepultamento.

Informações G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

A medida busca assegurar que os recursos públicos destinados à agricultura familiar cheguem a quem mais precisa
Operação fez apreensões de drogas e dinheiro após denúncia anônima; um suspeito fugiu atirando contra os policiais
Unidade atende toda a região do Vale do Juruá e precisa de doadores de todos os tipos sanguíneos.
A orientação ocorreu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 854.
Ao comentar o caso no Instagram, Linda lamentou o teor das publicações. “Pelos comentários tá se vendo que ela é uma moça extremamente infeliz. Mal amada”, escreveu a mãe do
O evento será realizado no dia 27 de abril, em São Paulo.
A antecipação da instalação do Ciopaer na região, em parceria com a Sesacre, tem o objetivo de salvar vidas em regiões de difícil acesso, com oferta de serviços ágeis, diminuindo,
De acordo com os relatos, os motoristas precisam parar os veículos do lado de fora da rodoviária para embarque e desembarque, já que o pátio está intrafegável.
Não existem mais publicações para exibir.