No Amazonas, Justiça condena responsável por desmatamento ilegal em quase R$ 2 milhões

Os valores das indenizações serão revertidos para um fundo público, que será definido na fase de execução da sentença.

A Justiça Federal condenou um homem por desmatamento ilegal no município de Apuí, no sul do Amazonas. A decisão, atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF), obriga o réu a recuperar a área degradada e a pagar quase R$ 2 milhões em indenizações por danos materiais e morais coletivos.

Segundo a sentença, o homem foi responsável pela destruição de 180 hectares de floresta amazônica no Projeto de Assentamento Juma — o equivalente a cerca de 180 campos de futebol. A ação foi considerada uma grave violação ao meio ambiente, uma vez que não houve autorização legal para o desmatamento.

A Justiça determinou que o responsável elabore e execute um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad), com acompanhamento de profissional habilitado e aprovação do órgão ambiental competente. “A reparação integral do ambiente degradado é medida de ordem pública”, destaca um trecho da decisão, que reforça a importância do retorno da área às suas funções ecológicas originais.

Com base em nota técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o valor estipulado para recompor a área devastada foi de R$ 1,9 milhão. Além disso, o réu deverá pagar R$ 96 mil por danos morais coletivos.

“A supressão ilegal de extensa área da floresta amazônica viola o direito difuso ao meio ambiente equilibrado, causando sentimento de afronta à coletividade e à ordem jurídica”, afirma outro trecho da sentença.

Os valores das indenizações serão revertidos para um fundo público, que será definido na fase de execução da sentença. O caso reforça a atuação do MPF e da Justiça na responsabilização por crimes ambientais na região amazônica.

Por Ac24horas 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

O suspeito foi encaminhado à delegacia, onde foi interrogado, e em seguida apresentado à audiência de custódia.
Cantor diz que se sentiu desrespeitado ao ver sua música "A Nossa Praia" viralizar nas redes sociais com outro intérprete sem consulta prévia.
Durante a investigação, os policiais se dirigiram ao local e, ao se aproximarem da residência suspeita, flagraram a mulher tentando esconder entorpecentes.
Segundo Cid, o pedido foi feito no final do mandato de Bolsonaro para verificar se Moraes teria se encontrado com o então vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
Apesar do susto, não houve registro de feridos, e a aeronave conseguiu completar o pouso.
O prazo para submissão de trabalhos científicos vai até o dia 13 de junho, conforme estabelece o edital disponível na página do evento.
A população da área urbana de Cruzeiro do Sul deve continuar utilizando o número tradicional 192 para emergências médicas.
A expectativa é que novas etapas da operação ocorram nas próximas semanas em outras áreas críticas da reserva.
Não existem mais publicações para exibir.